Dia 19 de Agosto - Dia Internacional da Fotografia

Porque nem sempre se tratou de ligar o cabo USB ao computador e fazer “Print”

A primeira fotografia do mundo foi tirada por Joseph Nicéphore Niépce no século XIX, em 1826. Foi considerada como sendo a primeira fotografia verdadeira por ter sido a primeira vez que se conseguiu a produção, por acção directa da luz, de uma imagem inalterável. Niépce conseguiu reproduzir, após dez anos de experiências, a vista descortinada da janela do sótão de sua casa, em Chalons-sur-Saône
A criação de fotografias é possível graças à combinação de dois processos científicos distintos: o processo óptico que ocorre na câmara escura e o processo químico derivado da sensibilidade à luz (fotossensibilidade) de alguns materiais. Estas técnicas eram, no entanto, já conhecidas antes do século XIX.
A história da fotografia começa com as experiências executadas por físicos, químicos e alquimistas desde a mais remota antiguidade. Na Grécia antiga, em torno de 350 a.C., época em que viveu Aristóteles, já se conhecia o fenómeno da produção de imagens pela passagem da luz através de um pequeno orifício. Aristóteles constatou, durante um eclipse parcial, que os raios de luz solar ao atravessarem um pequeno orifício, projectavam na parede de um quarto escuro, a imagem do exterior. Este método primitivo de produzir imagens recebeu o nome de câmara escura, e foi usado pela primeira vez com utilidade prática pelos árabes, no século XI, para observar os eclipses e mais tarde por diferentes artistas europeus como ajuda para esboçar pinturas.
A sensibilidade das substâncias quando expostas ao meio ambiente era também já conhecida pelos estudiosos mas o agente causador das alterações não era devidamente identificado. Confundiam-se os efeitos da luz, com os do ar e da temperatura. Depois de identificadas as substâncias que escureciam quando expostas à luz, tentou-se a sua utilização na produção de imagens; havia, porém, o problema da interrupção do processo fotográfico. É que, até então, não se sabia como interromper o processo que levava à criação da imagem na chapa. Isto significa que o processo nunca terminava e a chapa estava continuamente em reacção. As fotografias tinham um tempo de vida limitado, pois acabavam sempre por enegrecer completamente.

A primeira fotografia
O processo desenvolvido por Niépce foi denominado pelo próprio de “heliografia” (que em latim significa escrita do Sol). Niépce, na janela de sua casa, montou a câmara escura, colocou nela a chapa metálica coberta de betume da judeia (um derivado de petróleo que solidifica quando exposto à luz) e destapou a lente. Depois de uma exposição de 8 horas a placa foi retirada da câmara e lavada com uma mistura de óleo de lavanda que dissolveu as partes do betume não endurecidas. O resultado foi uma imagem latente positiva e permanente da vista da janela.

O Daguerrótipo
Em 1829 Niépce começou a trabalhar com Louis Daguerre. Niépce morreu quatro anos depois, mas Daguerre continuou as experiências, acabando por descobrir uma forma de revelar as placas fotográficas. Daguerre utilizou como reagentes fotossensíveis sais de prata e verificou que os vapores de mercúrio faziam aparecer mais depressa as imagens latentes nas placas, o que permitia reduzir o tempo de exposição para apenas 30 minutos. Daguerre também descobriu que, para tornar a imagem inalterável, bastava, simplesmente, submergir a placa numa solução aquecida de sal de cozinha.

Daguerre nomeou o seu processo fotográfico de daguerreótipo. O governo francês comprou os direitos da invenção e tornou-a acessível a todas as pessoas. O daguerreótipo tornou-se popular pois atendeu à demanda por retratos por parte da classe média durante a Revolução Industrial. Como não permitia a realização de cópias (cada foto revelada era única), o dono do retrato sentia a sua peça de arte como exclusiva.

Por ser mais barata e mais rápida do que a pintura a óleo, a fotografia foi encarada por alguns artistas como uma ameaça à sua forma de vida e alguns até profetizavam que a pintura deixaria de existir. Mas, curiosamente, foi através da adaptação cultural imposta pelo seu surgimento que a pintura assumiu o papel complexo que tem até agora. Algumas correntes artísticas desta época, como o Impressionismo, surgiram como resultado dessa adaptação.

O Calótipo
O calótipo, inventado por William Henry Fox Talbot, surgiu alguns anos depois do daguerrótipo. A qualidade das fotografias criadas segundo este processo era inferior mas o calótipo apresentava a grande vantagem de permitir a produção de cópias a partir do original. Isto porque a chapa sujeita à exposição luminosa resultava num negativo a partir do qual se podiam produzir um número ilimitado de positivos. Este processo é muito parecido com o utilizado actualmente. O calótipo foi, portanto, a primeira fase na linha de desenvolvimento da fotografia moderna e o daguerreótipo conduziu à fotogravura, processo utilizado para reprodução de fotografias em revistas e jornais.

A Era Kodak
O processo fotográfico foi evoluindo e tirar fotografias tornou-se numa possibilidade para todas as famílias com a invenção da máquina fotográfica Kodak Brownie em 1901, por George Estaman. Nesta máquina, a placa fotográfica foi substituída pela película de gelatina que era revelada nos laboratórios da Kodak. As inovações mais significativas ocorridas desde então foram a invenção da película colorida e a imagem digital. A fotografia digital tem a sua origem em 1969, quando foi criada a tecnologia que está na sua base. O primeiro protótipo de uma máquina digital foi criado em 1981 pela Sony. Quase 200 anos depois da produção da primeira fotografia e 30 anos depois da criação da tecnologia digital a fotografia é o novo diário pessoal. A sua tecnologia cada vez mais acessível possibilita que assumamos todos, nos devidos momentos, o papel de fotojornalistas.

Fontes
http://www.wikipedia.org/
http://www.fotoreal.com.br/interna.asp?idCliente=29&acao=materia&id=336&nPag=5
http://www.hrc.utexas.edu/exhibitions/permanent/wfp/


Para comemorar o dia internacional da fotografia, propomos que faças uma moldura. Escolhe, por exemplo, a tua fotografia favorita das férias e diverte-te.


Material necessário:

Conchas e areia
Cola transparente forte
Cartolina forte ou cartão
Cola branca (ou verniz)
Um pincel grosso para a cola branca
Tesoura (usa-a sempre perto de um adulto!)
Lápis e borrachaRégua e esquadro

1) Recorta um rectângulo de cartolina (ou de outra forma que queiras) e abre dentro uma zona para se pôr a fotografia.Se tiveres já escolhida a fotografia que lá queres pôr, é mais fácil.




2) Recorta outro rectângulo (ou o contorno de cartolina) que apanhe todo o tamanho.



3) Espalha cola na moldura (na parte de fora) e vai pondo a areia e as conchas como achares que fica mais bonito.



4) Quando estiver bem seco, passa uma camada de cola branca (ou verniz) para ficar brilhante.



5) Enquanto esperas que seque, recorta um triângulo no cartão ou na cartolina forte, para servir de apoio à moldura.



6) Quando tudo estiver de novo bem seco, vais colar a parte de trás à moldura (a que tem os legumes colados). Mas cuidado: põe cola por baixo e só em dois dos lados. Um tem de ficar sem cola, que é para se poder pôr a foto ou trocá-la, quando se quiser.



7) Faz uma dobra no lado recto do triângulo que fizeste antes e cola-o à parte de trás da moldura. Põe cola só nessa dobra. Assim já se segura de pé!




8) Agora enfia lá a foto com cuidado.




E pronto, a tua moldura de verão. Podes adaptar esta ideia e criar várias molduras diferentes. Surpreende os teus amigos e família com este presente original feito por ti!

Sem comentários: