Dia 1 de Dezembro - Dia da Restauração da Independência



Vamos entrar na máquina do tempo e recuar até dia 1 de Dezembro de 1640. O que aconteceu neste dia em Portugal que tenha tanta importância ao ponto de ser um feriado nacional?? A verdade é que é um marco muito importante na História do nosso país! Depois de três reis espanhóis – todos eles chamados Filipe - Portugal volta a ser um reino livre e independente!

A história começa 62 anos antes, em 1578 quando o rei português D. Sebastião desaparece em Marrocos, no continente africano. Habituado a ouvir as façanhas das cruzadas e histórias de conquistas Além-Mar, quis conquistar o Norte de África na sua luta contra os mouros. Mas na batalha de Alcácer-Quibir os portugueses foram derrotados e D. Sebastião desapareceu. Até hoje há quem acredite que o nosso jovem rei – quando desapareceu tinha 24 anos - vai voltar, envolto no nevoeiro!
A verdade é que o rei não era casado nem tinha filhos, o que colocou um grande problema: quem seria o próximo rei? O Cardeal D. Henrique substituiu o sobrinho durante dois anos, vindo a falecer em 1580. Esta situação deu origem a uma crise dinástica, isto é, não se sabia outra vez quem seria o novo rei! Sabias que este Cardeal chegou a obter 15 votos, em 1555, para ser eleito Papa?
De seguida tivemos um rei durante três meses. Parece impossível mas é inteiramente verdade! D. António, Prior do Crato, era neto bastardo (ou seja, não era legalmente reconhecido) do famoso rei D. Manuel I. Este Prior, juntamente com D. Catarina (Duquesa de Bragança), com o rei Filipe II de Espanha e com o Duque de Sabóia eram candidatos ao trono de Portugal. Depois da morte do Cardeal D. Henrique, D. António chega a ser aclamado rei.
No entanto, o exército de Filipe II já estava em Lisboa e deu-se a Batalha de Alcântara em Agosto de 1580. O rei espanhol, também neto de D. Manuel I, é aclamado rei nas Cortes de Tomar de 1581. Durante seis décadas Portugal ficou privado de rei natural, sob o que se tem designado por "domínio filipino". Acabámos por ter três reis de origem espanhola: Filipe I de Portugal (Filipe II em Espanha), Filipe II (Filipe II em Espanha) e Filipe III (Filipe IV em Espanha).
O descontentamento dos portugueses foi aumentando ao longo dos anos e, sobretudo a partir de 1636, D. João (filho do 7º Duque de Bragança) começou a ser visto como candidato à coroa. O futuro rei foi muito apoiado pela sua mulher que se chamava D. Luísa de Gusmão. Ela era muito inteligente e dizia certas coisas para convencer o marido a aceitar ser rei, como por exemplo: “vale mais ser rainha por uma hora que duquesa toda a vida” ou ainda “é preferível viver reinando do que viver servindo”.

Os preparativos são feitos em segredo e, finalmente a 1 de Dezembro existe um golpe de estado. A partir deste momento passamos a ter um novo rei que é aclamado como D. João IV. Ficou conhecido como “O Restaurador” (era uma espécie de alcunha) e é o primeiro rei da Dinastia de Bragança, a última dinastia de reis em Portugal. Os espanhóis não aceitaram esta revolta e, depois de alguns confrontos, é assinado um tratado de paz em 1668.
Portugal era, novamente, um reino independente e livre!


Como prometido, a actividade para comemorar o dia de hoje é relativa ao Natal. Vamos deixar-te a receita do famoso Tronco de Natal.



Tronco de Natal

Ingredientes:
10 ovos
5 gemas
300 gr de açúcar
250 gr de farinha
sal q.b.

recheio e cobertura
5 claras de ovos
150 gr de açúcar em pó 1
50 gr de margarina
75 gr de cacau

Preparação:Bata os ovos e gemas com o açúcar, mexendo só o necessário até triplicarem de volume e junte a farinha, para envolver. Coza em tabuleiro untado e forrado com papel vegetal à temperatura de + ou - 220 ºC.
Recheio e cobertura: Bata as claras com o açúcar até triplicarem de volume, junte a margarina aos pedaços e voltar a bater até estar bem misturada; dissolva o cacau num decilitro de óleo morno e misture bem. Enrole a torta recheada com o creme de chocolate, corte as pontas da torta e coloque-as de lado na torta, de maneira que fique com aspecto de tronco de árvore cortado. Barre a totalidade do tronco com o creme de chocolate, cubra-o com raspas de chocolate e polvilhe-o com açúcar em pó.
Nota: para fazer as raspas de chocolate, raspar com uma faca uma tablete de chocolate ligeiramente aquecida por fricção da mão.

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